Está na hora das Férias!




É isto mesmo, enquanto o Sul e o Sudeste morre de frio, encarando temperaturas de até abaixo de zero, no Norte do Brasil é tempo de praia...e que praias! tem para todo gosto, com muito sol e peixe fresquinho para tomar com a nossa famosa cerveja "cerpinha", cercado de amigos e sentindo um vento gostoso. Para que ninguem fique com ciúmes, nao falarei nomes. Mas, digo a vocês que tem praias de rio e de mar e um povo lindo e receptivo lhe esperando...

Olha o CATINGOSO!



Desde o dia 13 de junho, que o Brasil inteiro dança forró e muito especialmente nestes últimos dias de junho que festejamos São JOÃO e São PEDRO. Quando eu era garota em Belém ,passavam uns homens com uns carrinhos de mão de madeira, cheinhos de plantas perfumadas vendendo para as donas de casa, aí eles gritavam assim: Olha o Cheiro Cheiroso para tirar o 'Cantigoso'e todos compravam as ervas perfumadas que se colocava em bacias de alumínio, tinas, ou mesmo em panelas para serem usadas depois do banho, era a última água antes de nos enxurgarmos ou até deixávamos a água secar para ficar ainda mais cheiroso.Bons tempos. Hoje,em algumas familias mantem-se o costume indo até o Ver-0-Peso comprar as plantas, ou se usam as essências das fotos que postei. Mas, fica a saudades daqueles costumes que se acabaram com o progresso.

Maniva e Maniçoba



A Amazônia não vive sem a mandioca, herança dos índios, ela é a matéria prima dos pratos mais sofisticados e tradicionais da nossa cozinha.A maniçoba ,por exemplo, é feita das folhas da mandioca trituradas num moedor como nas fotos acima , o que resulta numa massa verde de sabor e cheiro exóticos, um pouco amargo,mas que resulta depois de 6 dias de fervura em grandes panelões, num prato delicioso completado com os mesmos ingredientes que se usa na feijoada famosa. Come-se com arroz branco, cozido na água e sal (que é para não misturar sabores) , farinha d'água e pimenta de cheiro a gosto...a maniçoba tem um sabor de selva amazônica e faz com que meus amigos cariocas disputem a tapa as festas em que eu sirvo essas comidas. Uma de minhas amigas,depois de provar pela primeira vez a maniçoba,quase entrou em êxtase gastronómico,exclamando: é os índios é que sabiam das coisas...

Samba na Sacadura com rua do Escorrega




Comer feijoada é bom...comer feijoada no restaurante de amigos, cercada dos amigos e ouvindo um bom samba,é ótimo...e mais ainda no bairro onde o Rio de Janeiro começou...na Saúde ,na Gamboa...cercada do bom gosto da Ana e do Carlos com São Jorge de papel Maché e obras de artistas do bairro, um dos mais antigos da cidade!Já é a segunda vez que ouço um bom samba na Gamboa, da outra vez terminou com uma chuvarada daquelas tipo Belém, hoje terminou com uma noite enluarada, linda!

Só te digo VAI!!!!!




Dicionário do Paraense:
ÉGUA: Vírgula do paraense, usada entre mil de mil frases ditas, e com essa expressão, ele não tem a menor chance de errar nas concordância.
Ex: Égua do tacacá caro!
É-GU-Á (falado pausadamente: É, depois GU, depois Á): Poxa vida.
Ex: Tu comestes toda a tapioca? É-GU-Á!
PAI D'ÉGUA: Excelente, beleza, legal.
Ex: (se referindo a algo muito bom!) Égua, muito pai-d'égua! (A mais paraense de todas as frases)
PITIÚ: Cheiro característico de peixe, você consegue sentí-lo com maior intensidade no VER-O-PESO, cheiro de ovo também é pitiú.
SÓ-TE-DIGO-VAI: Expressão usada pelas Mães pra chamar a atenção dos filhos mal ouvidos, quando não as obedecem ou esposas para os maridos quando querem dar uma escapadinha. Aguardem meus amigos que em breve falarei mais da linguagem nossa para vocês!

11 ANOS DE MODA PARAENSE



No dia 29 de junho na Estação das Docas a moda paraense será exibida pela décima primeira vez. As meninas da foto são da griffe Citron Pressé, uma das inúmeras griffes paraenses de sucesso que mostram neste evento, os modelitos para o chamado "verão paraense"; Nossa alta temporada,onde os amazônicos curtem muita praia e sol...

Metade do meu "coração"




Meus dois irmãos mais velhos nasceram em Santarém, meu pai, velho marítimo da Bacia Amazônica, viajou a vida toda pelas veias (rios)desta terra 'una' indivisível e única pela sua formação étnica indígena da qual tanto me orgulho e amo. Me sinto ferida e tentando não ser dramática mesmo sem conseguir, choro ao pensar que por interesses politiqueiros de criar cabides de emprego e ter o poder nas mãos para sangrar ainda mais as riquezas amazonicas eu posso ser distanciada de meus irmãos do sul do Para ou dos meus irmãos legítimos e de sangue que vou ter de 'dizer' que não são paraenses...por favor digam não a esta ameaça de divisão. Juntos é que somos fortes!!!

POR FAVOR, LEIA!!!

Os quatro custos de dividir territorialmente o Pará

publicado em 13/05/2011
Por Fábio Fonseca de Castro
Fonte
Blog Hupomnemata, em 07/5/2011

O custo da divisão
Dividir o Pará para governar melhor é uma possibilidade, mas não a
qualquer custo. E que custos são esses? Bom, eles pertencem a quatro
categorias e demonstram que a divisão só é útil aos interesses
politiqueiros e comerciais de umas poucas pessoas.
A primeira categoria é a do custo da "máquina": Quanto vamos pagar
para os novos estados funcionarem? O segundo é o custo social: o que
se perde em termos de investimentos em saúde, educação, segurança e
emprego por causa, justamente, do custo da máquina. O terceiro é o
custo institucional: a competição e a guerra fiscal que vai se
instalar entre os três estados remanescentes. E, porfim, o quarto é o
custo federativo, a situação de desequilíbrio político gerada.
Quem paga todos esses custos é o povo. Tanto o povo da nova unidade
como todos os brasileiros, em geral. Vamos a eles:

O custo da máquina
O custo da máquina é o quanto se paga para um novo estado funcionar. O
próprio IPEA construiu uma fórmula para determinar quanto custa a
burocracia de um estado. Esse cálculo parte de um custo fixo de
manutenção, um custo básico, de R$ 832 milhões por ano (custo A). A
esse valor básico se somam outros dois custos: R$ 564,69 por habitante
(custo B) e R$ 0,075 por real do PIB estadual da futura unidade (custo
C).
Quando aplicamos essa fórmula ao projeto do estado de Tapajós vemos
que custear a burocracia do novo estado custaria R$ 832 milhões (custo
A), mais R$ 652.061.660,25 (custo B), mais 477.023,18 (custo C). O
total ficaria em R$ 1.484.538.683,43.
Em relação ao projeto do Carajás o cálculo fica assim: R$ 832 milhões
(custo A), mais R$ 873.308.331,63 (custo B) e mais R$ 1.477.193,93
(custo C). O total ficaria em R$ 1.706.785.525,55.
Quando projetamos esses valores em termos de PIB, vemos que as
máquinas governamentais de Tapajós e Carajás custariam mais em relação
aos PIBs dessas regiões do que o atual Estado do Pará. O Tapajós
custaria o dobro e o Carajás 50% a mais. E, para completar, o custeio
da parte restante do Pará também subiriam, em cerca de 7,5%.
Ou seja, dinheiro que hoje é usado em investimento passaria a ser
usado em custeio. E isso sem contar o custo imediato da instalação dos
estados, estimado em cerca de R$ 1,4 bilhão para cada um.
Se criado, o Tapajós precisaria usar 34,1% de seu PIB, ou seja, de
suas riquezas, para custear sua máquina oficial. O Carajás consumiria
18,6% das próprias riquezas. O custo do atual Pará equivale 17,2% de
seu PIB, mas com a divisão seria elevado a 19,1% do PIB estadual. Essa
situação é muito diferente da verificada nas unidades mais ricas da
federação – e não é por outro motivo que projetos como a criação dos
estados do Triângulo e de São Paulo do Leste nunca vão para frente: lá
se sabe que a divisão aumenta o custeio e que, em conseqüência, as
regiões empobrecem.
Essa equação se explica por uma fórmula simples: quanto mais recursos
um estado tem para investir em programas sociais, infra-estrutura e
empregos, melhor é o seu desenvolvimento. O custeio de Roraima, por
exemplo, é de R$ 1.037 bilhão, o que representa cerca de 35% do seu
PIB. Já em São Paulo é de R$ 75.947 bilhões, mas isso não representa
mais do que 8,51% do seu PIB. Os novos estados, com um PIB baixo,
consumirão quase toda a sua riqueza para pagar a própria burocracia.

O custo social
O segundo custo da divisão territorial é o custo social. Sim, apesar
do que se diz, os investimentos sociais no novo estado tendem a cair,
o que significa menos saúde, menos educação, menos segurança, menos
assistência social. Por que isso acontece? Justamente porque sustentar
a máquina do novo estado vai consumir uma imensa parte do seu PIB.
Façamos uma projeção. Em todo o Pará foram investidos cerca de R$ 257
milhões, em 2009, em saneamento. Nesse ano, esse valor representou
14,1% do orçamento estadual de investimento. Supondo que os novos
estados quisessem manter o mesmo programa e o mesmo padrão de
investimento na área da saúde, provavelmente não alcançariam o mesmo
valor percentual, considerando que teriam de fazer face às despesas
necessárias para pagar a burocracia institucional criada. E isso sem
considerar que os novos governos estaduais precisariam atuar de forma
compensatória em certas áreas, muito possivelmente elevando o
percentual de repasses aos novos poderes legislativos e judiciários,
tal como aconteceu com o Tocantins, Roraima e Amapá quando foram
transformados em estado.
Em síntese, dividir o ônus social tem o efeito de aumentar a pobreza.

O custo institucional
O terceiro grande custo a ser pago é o institucional. Com a divisão, é
muito provável que os três estados passem a competir entre si,
quebrando sistemas e cadeias de produção que aos poucos vão sendo
instalados. Dessa maneira, por exemplo, o Pará remanescente vai
arrecadar sobre o consumo de energia proveniente da usina de Tucuruí,
mas o Carajás não vai ganhar nada com isso. Da mesma maneira, as
exportações da Alpa, a Aços Laminados do Pará, terão sua carga
tributária aumentada, porque passarão pelo porto de Vila do Conde,
Espadarte ou de Itaquí. E, muito provavelmente, haveria uma guerra
fiscal cujo principal efeito seria afastar, dos três estados, vários
investimentos. Todos perderiam em termos de segurança institucional:
um estado rico, em processo de coesão e desenvolvimento, seria
substituído por três estados pobres, inimigos fiscais e
desacreditados. Três anões em guerra.

O custo federativo
O quarto custo da divisão territorial é o custo federativo. Os dois
novos estados trazem de imediato, juntos, 6 novos senadores e 16
deputados federais. Do ponto de vista dos interesses estritos do
estado isso poderia ser bom – considerando sempre a hipótese,
improvável, de que os estados seriam sempre bem representados, por
políticos comprometidos e honestos. Porém, acentua o desequilíbrio na
representação das unidades federativas.
Essa desproporcionalidade se deve ao atual sistema eleitoral, que
estabelece um patamar mínimo e outro máximo para a representação dos
estados na Câmara Federal: oito e setenta deputados, respectivamente.
Os dois novos estados teriam oito deputados cada um, gerando o que
alguns vêem como uma super-representação, em comparação com as regiões
mais populosas. Para alguns críticos isso viola o princípio
igualitário da democracia: os votos de alguns cidadãos acabam tendo
maior valor. Esses críticos defendem uma representação estritamente
proporcional em termos de população, na base 1 indivíduo = 1 voto.
É preciso dizer que o argumento não está, necessariamente, correto. A
principal objeção a ele é que, na sua compreensão de democracia,
considera-se exclusivamente a dimensão individual da representação e o
princípio majoritário, enquanto seria preciso considerar também outros
interesses relevantes, presentes na sociedade, mesmo que minoritários.
Afinal, a regra da maioria é apenas um expediente a serviço da
democracia, e não um fim em si mesmo.
Mesmo assim, há um custo federativo a considerar, porque a ampliação
da diferença representativa, que já é muito grande na Amazônia, pode
contribuir para um colapso institucional que não poder ser resolvido
sem uma grande reforma do sistema político e partidário brasileiro.

Mais sobre o custo federativo

Em ciências políticas, a desproporcionalidade na representação entre
as unidades territoriais é calculada por meio da fórmula de Loosemore
e Hamby (D = 1/2S ci-pi), onde D representa a desproporcionalidade
representativa, c é o percentual de cadeira da unidade territorial,
chama i, e p é o percentual da população dessa mesma unidade i, em
determinado ano eleitoral.
Essa fórmula foi aplicada ao Brasil atual pelo trabalho de Samuels e
Snyder de 2001 - portanto sem a criação dos dois novos estados - e o
resultado foi preocupante. Enquanto países como Holanda, Israel e Peru
apresentam perfeita proporcionalidade, na medida em que obedecem ao
princípio 1 indivíduo = 1 voto, outros países, que não aplicam esse
modelo, apresentam graus de desproporcionalidade que podem ser
razoáveis (e, portanto, saudáveis, do ponto de vista do argumento da
defesa dos interesses minoritários) ou não.
E o caso brasileiro, mesmo sem os dois novos estados, já é
absurdamente desigual. Por exemplo, são razoáveis os índices da
Alemanha, Austrália, África do Sul e Canadá, nos quais D = 1, 2 ou 3.
No Brasil, D = 9. Isso significa que alguns brasileiros valem mais que
outros. Com a criação do Tapajós e do Carajás esse índice aumenta
ainda mais. Iria para 11
Mais sobre a burocracia
E a criação dos dois estados seria apenas o começo de um problema
muito maior, porque sem a reforma política, ela acabaria levando,
inevitavelmente, ao fortalecimento do movimento pela criação de outras
unidades. Se metade das unidades previstas fossem criadas seriam mais
8 governadores, 24 senadores, 64 deputados federais, cerca de 144
secretários estaduais, cerca de 768 assessores parlamentares só em
Brasília e cerca de 28 mil cargos comissionados.
Será que o país precisa de tantos políticos? É justo indagar: a quem
interessa tanto? À população dos novos estados, que vai ter que pagar
o salário de tanta gente em vez de usar esse dinheiro para investir em
saúde e educação?
Em síntese, a conclusão é que unido o Pará avança mais: Nos últimos 15
anos o crescimento acumulado do PIB paraense foi de mais de 160%, o
que representa um crescimento da economia paraense bem acima da
evolução do PIB brasileiro acumulado, que foi de cerca de 140%.
Separados, nenhum dos três estados poderia apresentar taxas
semelhantes.

*Fábio Fonseca de Castro, doutor em sociologia, professor da UFPA,
pesquisador do programa de pós-graduação Comunicação e Cultura na
Amazônia.

Artigo republicado a partir de artigo original de fevereiro 2011

Fonte: http://www.fpa.org.br/artigos-e-boletins/artigos/os-quatro-custos-de-dividir-territorialmente-o-para








Peixes de água doce!!!



Hoje de manhã, vi em um programa de Tv dois famosos chefes de cozinha, um brasileiro e um francês,falarem dos peixes de água doce da Amazonia como uma das maravilhas da cozinha brasileira. Confesso envaidecida, que o que mais me encantou (quanto ciúme!)foi eles dizerem que para saber o real sabor de nossos peixes, é obrigatório que se coma em nossas terras, pois o gelo que eles necessitam para serem exportados, alteram o seu real sabor...Quanto privilégio nós temos de come-los fresquinhos. Voe para a Amazônia rápido e vá saborear nossa maravilhosa culinária...