Minha Belém dos perfumes...

Na década de 80, juro prá vocês, eu ouvi de algumas pessoas aqui no Rio que tinham ido à Belém, que a cidade era perfumada. É certo que nós que nascemos lá estavamos habituados e não sentiamos, fiquei encantada com os comentários, claro! mas vi que eram verdadeiros porque nos anos 80, nao havia a quantidade enorme de carros que existe lá agora e a cidade não era do tamanho que é hoje, então, as centenas de 'mangueiras' que formam túneis nas ruas principais exalam perfume dos frutos e das folhas. Além do que a Amazônia é rica em frutos e plantas que fornecem os óleos essenciais que hoje , empresas nacionais fabricam perfumes que custam o olho da cara! legal! nada contra, afinal geram empregos e fazem replantio. Tudo a favor, mas quero dizer a vocês porque nós do Pará temos os "sachets" para as roupas de cama e pessoais, que a gente chama de "cheiro de papel" e antes eram comprados em vários lugares: no comércio e principalmente na casa de pessoas que faziam a mistura, ainda hoje, é fácil de comprar no Ver-o-Peso e na feirinha que tem aos domingos na Praça da República. Mas, temos por hábito fazer nossos próprios perfumes, aí na foto, é o meu!! e meus amigos gostam muito, já dei vários vidrinhos de presente. Vou dar a receita do que eu faço: como nao sou profissional do ramo e confesso tenho uma certa preguiça de ir comprar o fixador, uso uma água de colonia da Phebo e você pode usar qualquer água de colonia que nao seja muito marcante ou então o álcool apropriado, aí coloco dentro (tudo comprado de manhã no Ver-o-peso) bem fresquinho: priprioca ralada ou socada, patichouli, e , compro os saquinhos de cheiro com pau-rosa , pau d'angola, e tudo que é pau cheiroso!! rsrs e coloco no vidro e deixo pegar sol e sereno alguns dias. Está pronto o meu perfume e ele é o máximo! coisas de meu sangue índigena...