FAZ UM TEMPÃO!



O tempo no Rio está chuvoso e uma vaga saudade me envolve, é uma saudade boa e eu diria que é também uma saudade auditiva (?)e porque não? não temos lembranças olfativas que nos remetem a velhas recordações? pois é, eu li há pouco no Facebook que a Alice( amiga minha) que acabou de chegar do Marajó, adorou a tranquilidade que se respira lá. Minha lembrança mais querida de Soure( uma das cidades do Marajó) é como aquela impressão que nos fica de lugares queridos e não sabemos bem explicar, bom, pelo menos com palavras, é tão etéreo...assim é quando penso na primeira impressão (o que fica impresso na alma)de Soure: búfalos espalhados por uma rua cheia de sombra de mangueiras fartas e um quase silêncio feito de brisa e paz.Lembranças assim é que alimentam nossa alma e povoam nossos sonhos.

Traficante de Açaí



Nestas fotos do Herbert Marcus em cidades do Marajó,vemos como são lindas as palmeiras que fornecem o açaí, vocês talvez se perguntem, de novo falando do açaí? bom, mas é que não tenho certeza se todos os meus leitores tiveram acesso a analise química desta fruta, consumida atualmente em todo o Brasil e também no exterior. Com uma diferença: eu sou tradicionalista e tomo o açaí puro, ou quase, porque gosto com açúcar. Fico invejando nossos caboclos que tomam ele sem nada químico, só com a farinha de mandioca. Aqui no Rio, muita gente adora seu sabor, mas não sabe o sabor legítimo do açaí que fora do Pará, é misturado com várias frutas, granola e o que mais a imaginação e a gula permitirem...minha avó paterna, na cama do hospital pedia para tomar açaí, meu pai tomava todos os dias, e eu pelo jeito vou pelo mesmo caminho...desta vez ,como nas outras viagens à Belém, eu trouxe 12 litros de açaí do grosso, dividido em sacos de meio litro congelados, meu amigos do Rio,mal acreditam. Mas, eu tenho uma teoria particular, as coisas que os índios descobriram como o tucupí, a maniva,e o modo de preparar o açaí(antigamente e nos interiores,esfregando suas bolinhas umas nas outras numa peneira) todas elas viciam e da feita que você se acostuma Bau-bau, não passa mais sem elas....

Melhor agora!!!



Acreditem, deu um bug no site do blogger e o texto original se perdeu, portanto esta é uma nova postagem, vocês não estão vendo a data errada não.
O importante é contar a vocês que estou repetindo a informação sobre a Basílica de Nazaré, porque a camera fotográfica que eu tinha no ano passado ,não tinha zoom e vocês não puderam admirar a cara dos dois portugueses que financiaram o painel principal da igreja, mas exigiram ser retratados no mesmo, então, lá estão eles de terno e gravata no meio da Primeira Missa rezada no Brasil com índios de tanga e com portugueses vestidos com os trajes de 1500...viraram atração turística, quando for a Belém não deixem de olhar este detalhe.

Chuva em Belém!



Belém é conhecida pela "chuva da tarde, que não pode faltar!" como diz a canção do velho Edyr Proença, mas,a chuva de Belém é diferente, ela é morna e por isto mesmo é muito bom tomar banho de chuva quando ela cai torrencial, porque nada mais verdadeiro do que chama-la de 'torrencial'são pingos grossos que formam verdadeiros chuveiros caindo pelos telhados das casas de esquina. Eu, garota, vinha do Colégio Gentil chutando as poças d'agua, chegando encharcada em casa e nunca adoecia...porque a chuva em Belém ,refresca os corpos e as ruas aquecidas pelo sol também diário! ela vem rápido, mal dá tempo de se abrigar...mas também rapidamente vai embora. O paraense tá acostumado e a olha como velha conhecida dizendo: espera um pouco ela já vai passar...

Cercas e Quintais!


Pegando emprestado o nome de um de um dos CDs do Cid, o Alcyr Guimarães, um dos melhores compositores da minha Amazônia,vou falar um pouco e tentar mostrar nas fotos o que é um quintal...talvez poucos dos meus leitores, tenham conhecido algum! mas, numa cidade como Belém e mesmo em alguns bairros mais afastados das grandes cidades ainda existem quintais, cêrcas (de madeira) acho díficil. Bom, mas eu quero dizer a vocês que na Belém da minha infância e adolescência ainda existiam os dois,na velha casa da minha avó Carmen tinha uma cêrca de madeira de onde eu podia enxergar o galo vaidoso e as galinhas da casa ao lado, as vezes tinha um poço e muitas, muitas árvores, incluindo bananeiras. Na minha casa tinha um pé de ingá, e eu, vivia em cima dele olhando para os quintais vizinhos e comendo ingá, claro! em frente ao prédio do meu filho Mauro pude ver com saudade aquele pedaço de terreno aos fundos das casas onde se estendem as roupas para "coarar" ou secar depois da lavagem, em Belém, tem que se ter cuidados com chuva da tarde que chega rápido e pode estragar todo o trabalho da dona de casa...saudades deste tempo cheio de espaço e contato dos pés com a terra mãe.

Cupuaçú-todo mundo adora!!!



Se você nunca provou uma mousse, uma geleia, suco ou uma caipirinha de cupuacu, você não sabe o que eh uma fruta que tem um paladar exotico e deliciosamente marcante!!alguns amigos ao provarem a fruta da Amazonia mais conhecida depois do acai, se surpreendem com seu perfume e seu sabor delicado e que parece conter álcool. Não é originariamente sua estação agora em maio, mas me surpeendi com o Ver-o-Peso cheinho de cupuaçus a venda...como quase ninguém conhece nem a fruta e nem como se corta a polpa, aí vão as fotos!