De volta ao Rio de Janeiro




Cheguei com chuva, mas trouxe o sol do Pará e hoje o tempo já clareou...ir a Belém e voltar, para mim emocionalmente, sempre é complicado. Quando ouço alguém dizer que vai fazer um curso, dar um tempo fora, digo à pessoa: nunca mais serás a mesma...mesmo amando tua terra como é o caso do paraense,se demorar mais de dois anos, ou não sei quanto tempo (acho que não há regras) voltarás sempre como exilado,metade aqui /metade acolá. Deixas o teu cheiro e umbigo na tua terra, mas, também o divides com a terra que te recebeu. Comigo é assim, é saudade misturada com uma satisfação de rever tua cama... teu espaço...tuas coisas. Trouxe na bagagem muita saudade como diz o poeta misturada com açaí, maniçoba, queijo do Marajó, farinha d'agua, que para os de fora parece coisa estranha comer aquelas pequenissimas bolinhas que traduzem tudo do meu povo índio.Enfim...escrevo e escuto o Chico Buarque cantando sua paixão pela namorada, compreendo ...estas coisas de paixão acontecem...eu deixo, para o Chico eu deixo tudo e abençoo mesmo morta de inveja da tal Thais...kkkk