A Criatividade do Carnaval


CACHORRO CANSADO, RÔLA PREGUIÇOSA, SUVACO DE CRISTO,CÉU NA TERRA, CARMELITAS,LARGO DO MACHADO MAS NÃO LARGO DO COPO....E POR AÍ AFORA...Assim são os nomes de alguns dos blocos do carnaval carioca, cheios de inventividade e a cada ano mais animados. Eu me divirto, quando vim de Belém morar no Rio em 1990, ou seja, no século passado..kkkk! o carnaval de rua estava praticamente morto, lembro de numa terça feira de carnaval nos andarmos pela av. Atlantica, eu e duas amigas, e, a avenida nao tinha ninguém...só o Bloco de Ipanema e o CORDÃO DO BOLA PRETA resistiam. Devagar, o carnaval foi resnascendo e hoje tem mais de uma centena de blocos registrados oficialmente, tem até ,aqueles que saem as seis horas da manhã e lotam a Praça 15 de homens e mulheres bronzeados a cantar velhas marchinhas...! as máscaras de papel maché da foto são criação de um artista popular,e fazem a alegria da garotada. Muito legal!!!

Carnaval chegando....



Ainda verão, ainda fevereiro, mas, às vésperas do carnaval. No Brasil, nada acontece antes do carnaval que este ano será no inicio de março, quer dizer, o oficial, o do calendário, pois os blocos já começaram a sair em todo o país. Hoje a noite por exemplo a Lapa será fechada para "ensaio" de um deles. Quando eu era adolescente lá em Belém, gostava muito de ir aos bailes de carnaval que os clubes faziam: Remo, Assembléia, Pará Clube e outros de boa memória, eu e minhas primas fazíamos um bloco e íamos fantasiadas de havaianas, cowboy, e eu particularmente, gostava muito de me fantasiar de fantasma: calça e blusa negra e um capuz com abertura para os olhos, nariz e boca. Ia aos pulos pelo salão,mexendo com os rapazes e fazendo eles morrerem de curiosidade.Me divertia a valer e ao final voltávamos andando para casa de minha tia Nair onde quase sempre eu passava os feriados. Depois de adulta, prefiro olhar minhas amigas fantasiadas, bebendo caipirinhas e caindo na folia. O único bloco que eu me esforço para ir é o das "Mulheres de Chico" na foto acima, onde as instrumentistas são todas mulheres e o público na maioria feminino, saúda nosso grande Chico Buarque!! ele merece.

A Água que eu amo



Amo a água, salgada do mar ou doce dos rios da minha terra, ela me repousa me deixa feliz! ontem, fiz um passeio por estas águas da Baía da Guanabara em um pequeno veleiro, rumo a ilha de Palmas, uma das ilhotas perto da ilha do Governador. Um grupo de amigos a falar de amenidades, porque a vida em si já é muito séria...completou o dia. Gostaria de ter alguns anos a menos e dinheiro no bolso para sair a velejar por aí...gosto da adrenalina que as ondas nos dão em seus embalos e dormiria tranquila em uma rede embalada pelas águas, aliás proximamente vou viajar nos barcos que na Amazônia chamamos de gaiolas , em uma das dezenas de redes que se misturam no convés das embarcações da minha terra.

Muito FACINHA



Como sempre adorei minha profissão de jornalista, uma das boas fases da minha vida, foi quando vindo de Belém, estive por quase 2 anos na então TVEducativa (hoje TV Brasil)no Rio de Janeiro,lá conheci pessoas muito legais e pude exercer um jornalismo de cobertura nacional.Pois bem,duas dessas amigas lançaram ontem um livro cheio de malandragens femininas em textos deliciosos. No lançamento revi outras pessoas que fizeram parte daquela época boa da minha vida. E atenção rapazes se vocês pensam que são malandros e que dão a volta nas mulheres se enganaram redondamente, é só ler o livro para constatar!!! rsrsr....

Maria Rita - Cara Valente

Saudades de Belém




Mais uma vez vou fazer aniversário, (domingo) e estou longe da minha terra. É certo que o Rio de Janeiro é para mim a segunda morada, a mais linda cidade do mundo geograficamente falando,não conheço outra tão formosa e acolhedora. Diria até que a cidade é uma mulher que me aconchegou e me deu colo na medida do possível, em todas as minhas carências, como uma segunda mãe.Mesmo assim, sinto saudades de Belém, muitas, por isto vivo cercada das nossas comidas típicas, tomo muito açaí para compensar a falta do cheiro das mangueiras, do patchouli e da priprioca que fazem perfumes inigualáveis. Sinto falta da chuva da tarde que sempre refresca o calor úmido e faz as noites mais amenas. Sinto falta do cheiro do tucupí das tacacazeiras e de olhar a correnteza forte da Baia do Guajará...do filhote e dos outros peixes de água doce, e , se nao parar de escrever vou repetir em prosa interminável, tudo que já se sabe de BELÉM (que é linda!).

O que alguns homens pensam...



Sempre tive muitos amigos homens, e, talvez por ser de uma familia onde predomina o sexo masculino (4 irmãos, 3 filhos, vários primos) e conviver muito com eles, fui sempre tratada quase como um rapazinho, ou seja, eles falavam de tudo na minha frente como se eu fosse um deles, ainda hoje é assim. Noite dessas, ouvi mais uma e achei tão engraçado que resolvi postar. Um de meus amigos filosofando sobre as mulheres e os seus (dele) relacionamentos amorosos, resumiu suas dificuldades com o chamado "sexo frágil" e que numa enquete empírica feita por mim, foi confirmada por outros homens. Vamos lá:
É bom que se esclareça que meu amigo está na casa dos "enta" e não tem preconceito contra mulheres mais maduras. Disse ele o seguinte:
As mulheres disponíveis até os 38 anos, tem filhos pequenos e muita dificuldade para vivenciar um novo amor, não tem com quem deixar os filhos para sair na night ou até para um romantico fim de semana viajando, é complicadissimo!
As mulheres de até 50 anos, já tem os filhos adolescentes, mas, o seu foco está voltado para o lado financeiro, carreira profissional e uma boa aposentadoria (as mulheres se preocupam com o futuro)é executiva ,viaja muito , estuda, enfim não tem muito tempo para namoros. Finalmente a terceira categoria,acima de 50 anos, e ,para meu amigo a mais problemática: a das avós recentes! estas, além de se preocuparem com os filhos (adultos jovens) se voltam para cuidar e "babar" os netos, viram verdadeiras amas-secas!!! Enfim, ri muito, mas, tive que concordar, e como a maioria dos homens quer mais é um colinho feminino, os romances estão ficando complicados. Estas considerações não acabam aqui, minhas amigas tem direito a réplica, ok?

Maestro Waldemar Henrique



Mês de fevereiro, é um mês de aquarianos e de piscianos,e ,entre os paraenses ilustres tem um aquariano da melhor estirpe do qual eu já falei em postagem do ano passado, mas, sinto que eu fiquei devendo um pouco mais de honrarias a ele, Maestro Waldemar Henrique, então resolvi pedir ao José Carlos Gondim ator e jornalista que escrevesse um pequeno texto, como uma carinhosa homenagem a esta figura tão querida em Belém e que faria aniversário nos próximos dias, aí vai o texto do Zé:
"Em Belém tem uma sala de espetáculos, o Teatro Experimental do Pará Waldemar Henrique, lindo na sua arquitetura eclética do início do século XX e reformado nas suas linhas originais em 1997, final do mesmo século.E centro de atividades teatrais alternativas ao 'grande' teatro.A base são a experimentação e o apoio a grupos que nao tem cacife para ocupar as salas da cidade que são caras e quase indisponíveis. Tive a honra de ter sido diretor do teatro nessa época (1995 a 1998), indicado pelo então Secretário de Cultura, Paulo Chaves, por sugestão do meu amigo e professor(porque não dizer guru)Amir Haddad. Foi uma experiência díficil mas muito positiva...Bom, mas a questão é outra, quem é ou quem foi Waldemar Henrique? Waldemar amigo querido e Maestro, compositor e instrumentista (não digo único porque existem e existiram alguns da mesma cepa, mas ele era muito especial)um ser humano voltado (e engajado)na melhoria ética e cidadã dos outros seres humanos por meio da música.Doce como ele só, inteiro como ele só, a própria Música, acho que ele tinha sempre um Tamba-Tajá plantado no seu coração. Mas também conhecia bem as mundiações da Matintaperera,claro...o espaço é mínimo para falar do Waldemar, não tem combate... Ele é um universo enorme. Quem quiser saber mais dele, busque em todos os sites. Um dia desses, num espetáculo das Cantadeiras em São Pedro da Serra (em Friburgo,RJ)ouvi TambaTajá e pirei: ninguém sabia quem era o autor e, muito menos que ele era paraense. Enfim, acho que ele merece um reconhecimento mundial pela sua obra magnífica e amazônica. Procure a discografia dele, você vai se surpreender!"