A Pantera



A Pantera era paraense (por isto coloquei esta bela foto da casa em cima de um igarapé, by Herbert), ela se perdeu da mãe ainda mamando, e eu e Mauro alimentávamos ela de mamadeira, penso que por isso nos elegeu (gato é assim,não ama qq um) como seus preferidos, dormia ou perto dele, ignorando meus outros filhos, ou perto de mim. Viveu durante 17 anos e acompanhou nossas idas e vindas Belém-Rio nas décadas de 80 (quando fui cedida à Tv Educativa) e em 90 quando fui transferida para cá. Nem por isso perdeu o jeitinho dengoso da femea do Pará, quando eu chegava do trabalho ela olhava bem nos meus olhos e se percebia neles qualquer tristeza, vinha carinhosamente mexer em meus cabelos com suas patinhas, se eu viajava, quando chegasse era certo de encontrar alguma planta desenterrada do vaso ou qualquer outra malcriação, era a forma dela protestar! mas, o tempo passa inexoravelmente e passou para ela também. Foi muito triste vê-la definhar e finalmente morrer sendo acalmada e acariciada por mim. Foi enterrada no meio da Mata Atlântica na Floresta da Tijuca pelo Mauro para não se sentir muito distante da região onde nasceu...tomara como nas lendas Amazônicas, tenha se transformado numa linda planta!